3 de julho de 2024

E se a FAU USP fosse construída em 2024?

E se fosse em aqui?
Tempo de Leitura 2 min.

João Batista Vilanova Artigas inicia o projeto do edifício da FAU em 1961 com Carlos Cascaldi, seu colaborador em diversas obras realizadas no período. Professor da Escola de Arquitetura da USP, Artigas realiza um projeto para a faculdade, que evidencia as linhas mestras de sua concepção de arquitetura, bem como suas ideias a respeito da formação do arquiteto. No terreno plano da cidade universitária, testa e aprimora soluções já experimentadas antes. O uso do concreto bruto, do vidro, a simplicidade de suas linhas, assim como a ênfase na integração dos espaços caracterizam esses edifícios, econômicos, funcionais e plasticamente originais.

No edifício da FAU USP, os ambientes contidos comparecem de tal forma articulados e sem nenhuma simetria especular, cada qual expondo sua peculiaridade. Tudo ocorre como se uma expansão centrífuga fosse habilmente contida numa estrutura de simetria. Imaginar como esta configuração ocorreu como se a distribuição centrifugante da casinha (1942) e da residência Rio Branco Paranhos (1943) fossem reorientadas para serem contidas num volume de estrutura geométrica bem definida. Como se esta rigidez intimista se abrisse, em seus pórticos e exoesqueletos, para o coletivo e o urbano como já declarado no Edifício Louveira (1946)

Mas…. e se a FAU USP fosse construída hoje em dia?

Se Artigas fosse construir o edifício da FAU USP hoje em dia, ele teria que incluir alguns guarda corpos pelo edifício. Sabe por que? Não só em BH como em todo o Brasil a NBR 9077:2021 exige que todos os desníveis acima de um metro de altura em edificações públicas ou privadas têm que dispor da proteção do elemento. Por esse motivo, o edifício teria algumas proteções que não tem por ter sido construído antes dessa norma entrar em vigor!

Lembrando que é só uma brincadeira, tá? Contamos sempre com estratégias lúdicas para explicarmos melhor como funcionam os parâmetros urbanísticos por aqui. Além disso, obras extraordinárias sempre exigiram flexibilidade e sensibilidade das autoridades locais para o que não cabia nos códigos. Até a próxima!

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